quinta-feira, 9 de junho de 2011

Arquitetura Sustentável



Muito se fala hoje em dia de arquitetura sustentável. Ao contrário do que muitos pensam, a questão da sustentabilidade nessa atividade é bastante antiga e remonta, segundo uma arquiteta que conheço, da Antiguidade (Egito na época das pirâmides e afins).

No Brasil, ela surgiu forte na década de 70, sustentando que uma construção deve alterar minimamente o meio ambiente em que está inserida. Para tanto, é importante que se utilize a maior quantidade possível de elementos de origem natural, de forma a garantir aproveitamento racional dos recursos necessários para iluminar e ventilar os ambientes; reduzindo os desperdícios nessas áreas.

Uma forma importante de se efetivar a arquitetura sustentável é optar por produtos certificados, de fornecedores legalmente estabelecidos e que busquem diminuir os impactos ambientais e das emissões de gases poluentes. Utilizam-se também reciclados e oriundos de projetos sociais.

Item que merece total atenção é a questão do descarte dos entulhos e tratamento dado aos resíduos gerados para que não afete o ambiente que circunda o imóvel.

Atualmente é possível trabalhar com a elaboração de prédios que sejam cada vez mais eficientes energeticamente. Assim, não é incomum a utilização de materiais alternativos e totalmente diferenciados do que se encontraria numa construção “não sustentável” nas áreas de iluminação e ventilação do prédio. A energia solar ou a eólica, dependendo da localidade em que se encontra a obra, são freqüentemente adotadas como formas limpas e de emissão praticamente zero; podendo assumir parte ou a totalidade da responsabilidade por esses itens.

O posicionamento da casa e a disposição das janelas conforme o deslocamento do sol no horizonte e a direção do vento são também formas interessantes de se aproveitar o que o meio ambiente tem a oferecer, evitando assim causar maior impacto no meio. O uso de vidros duplos é também um aliado importante para garantir que a casa seja bem iluminada ao longo do dia pela luz do sol sem, no entanto, permitir que o calor se instale. Esse procedimento é responsável por uma economia enorme de energia que seria gasta na iluminação e na refrigeração desses lugares.

Outro item importante para a arquitetura sustentável é a utilização racional da água nos empreendimentos. Uma questão definida como básica, é o aproveitamento da água da chuva para regar plantas e jardins; lavar as áreas externas e ser usada nas descargas sanitárias. Desta forma, a economia de água é absurda e pode chegar até a trinta por cento em relação a uma construção “normal”.

A arquitetura sustentável também tem profunda preocupação com o destino correto dos resíduos gerados na própria obra. Para isso, preconiza que os entulhos oriundos da construção podem ser usados em aterros; na fabricação de tijolos e o restante pode ser reciclado de várias outras formas e aplicado de inúmeras maneiras diferentes. Reduzindo os custos e a necessidade de descarte desses resíduos nos aterros sanitários (ou até pior; de forma errada e perigosa para o meio ambiente).

Seguindo todos os parâmetros e mantendo-se dentro das especificações da arquitetura sustentável, os prédios são avaliados e recebem um selo de acordo com os parâmetros de sustentabilidade adotados na construção. Desta forma, valoriza-se o imóvel e garante-se uma vida plena e menos estressante para toda uma comunidade. Tudo isso, graças à arquitetura sustentável!

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