terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Você conhece Augusto Ruschi?

Ele é conhecido como o patrono da ecologia no Brasil. E sabe por quê?



Esse capixaba (1915-1986) desde muito novo tinha o hábito de coletar plantas e animais para estudá-los e com apenas 12 anos ele mandou ao Museu Nacional uma inocente pesquisa sobre lagartas da laranja. Não sabia que o mundo estava tentando encontrar a solução para essa praga, que devastava plantações nos anos 1920. Por desvendar o que grandes laboratórios ainda não tinham descoberto, ele passou a chamar a atenção de pesquisadores.

Aos 22 anos, o naturalista auto-didata recebeu um convite para trabalhar no Museu Nacional do Rio de Janeiro e dedicou-se, por 4 décadas, a fazer o levantamento da fauna e da flora da Mata Atlântica. Com isso, publicou cerca de 400 trabalhos científicos, sendo sua especialidade o estudo dos beija-flores. Sobre essas aves, sua obra é uma das mais importantes do mundo.



Ele foi um dos primeiros a comprar briga pelo meio ambiente. Sabe-se de um episódio ocorrido em 1977, quando fiscais foram à Reserva Biológica Santa Lúcia, no Espírito Santo, para avaliar a possibilidade de implantação de uma fábrica de palmito enlatado. Ruschi recebeu os fiscais com um espingarda na mão dizendo: "Avisem ao governador que, ou ele muda de idéia, ou amanhã cedo vou ao palácio matá-lo pessoalmente." O apelo de Ruschi despertou a imprensa e mobilizou autoridades.

Augusto Ruschi contraiu várias doenças tropicais em suas viagens pelo Brasil, que foram debilitando seu organismo. E depois te ter sido envenenado por um veneno de sapo, tentou curar-se na pajelança do cacique Raoni, mas acabou falecendo de cirrose hepática em junho de 1986, tendo sido enterrado na Reserva Santa Lúcia.

2 comentários:

Unknown disse...

wow...muito bom! Tenho varias dessas notas, mas até então nunca tive a curiosidade de saber quem foi Augusto Ruschi.
Matéria muito bacana.
Parabéns pelo trabalho.

Patricia Vilas Boas disse...

Parabéns, Marilan!!! Muito bacana saber quem foi esse grande homem. Precisamos mesmo saber da história para nos inspirarmos e mudarmos o rumo das coisas.