quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

COP 16: uma nova frustação?


A COP-16, 16ª Conferência das Partes da ONU sobre Mudança Climática (COP-16), que está acontecendo no México, entre 29 de novembro e 10 de dezembro de 2010, já está dando o que falar...


A ideia central é que o mundo retome as negociações climáticas lideradas pelas Nações Unidas em Copenhague, que geraram um acordo sem muita expressão, dada ausência de um prazo determinado para um tratado legal e vinculante entre os países.


Em Copenhague, Barack Obama, o presidente dos Estados Unidos, celebrou o acordo, originalmente negociado com a China e outras economias emergentes, como sendo um passo histórico e prometeu a aumentar "o impulso que estabelecemos em Copenhague." Contudo, cabe lembrar que China e EUA são os principais emissores de gases causadores do efeito estufa (g.e.e.) e que até agora a agenda dos dois não reflete urgência no assunto.


Em função disso, as expectativas com relação à celebração no México de importantes compromissos nacionais para redução de emissões de g.e.e. estão em baixa.


Lula, o presidente do Brasil, tem uma posição cética com relação à COP-16. Segundo o governante, que não comparecerá à reunião de Cancún, o mundo não pode ter nenhuma expectativa para a COP-16. "Não vai nenhum grande líder. No máximo irão ministros do Meio Ambiente", por isso "não se deve esperar nenhum avanço", disse o presidente.


Lula reiterou, ainda, a sua decepção com a cúpula realizada em Copenhague, da qual disse que estava "tudo pronto para chegar a um acordo fantástico", que, em sua opinião, afundou pela posição dos países mais desenvolvidos e, em particular, dos Estados Unidos.


"Existe um risco muito grande de que tenhamos perdido o impulso", afirmou um importante delegado sobre a luta contra as emissões, que causam ciclones mais poderosos, extinguem espécies, causam secas e deslizamentos e aumentam os níveis dos oceanos.


Por outro lado, uma mudança para o México, um país no meio do caminho entre os ricos e os pobres, pode ajudar as negociações que quase fracassaram em meio a alegações de Sudão e Venezuela de que a anfitriã Dinamarca estava inclinada em favor dos interesses dos ricos. O México "pode ser muito melhor, para preencher essa difícil tarefa de construir pontes," disse Kim Carstensen, chefe da iniciativa climática global do grupo ambiental WWF.


O responsável para a Mudança Climática do Governo mexicano, o embaixador Luis Alfonso de Alba, afirmou que não se pode esperar medidas drásticas em Cancún, mas que o encontro faz parte de um longo processo.


A próxima reunião da ONU sobre o clima será uma sessão semestral entre autoridades na cidade alemã de Bonn, de maio 31 a 11 de junho próximos.


O primeiro período do Protocolo de Kyoto, que vincula todos os países exceto pelos EUA a cortar emissões, vale até 31 de dezembro de 2012.


Será que dá tempo para ficar nesse longo processo de negociações?


Postagens baseadas nas informações divulgadas no portal MSN Verde, através do seguinte link: http://verde.br.msn.com/artigo.aspx?cp-documentid=26583808&page=2

Imagem obtida no site oficial do evento: http://cc2010.mx/en/

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