sexta-feira, 29 de outubro de 2010

COP 16: poucos avanços?


O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, disse nesta terça-feira que não há expectativas de grandes acordos na próxima Conferência das Partes da Convenção das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, a COP-16, marcada para novembro em Cancún, no México.
A COP de Cancún terá a difícil missão de não repetir o fracasso da reunião de Copenhague, em dezembro de 2009, que terminou sem acordo formal sobre a redução global de emissões de gases de efeito estufa.
Antes de reunião em Cancún, ONU diz que chegou momento de decidir sobre o climaRepresentante norte-americano minimiza expectativas para cúpula do clima em Cancún
"As expectativas para Cancún são modestas. Não esperamos chegar a um grande acordo", reconheceu Amorim, durante reunião do Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas.
Segundo o chanceler, um dos principais motivos para o pessimismo é o fato de os Estados Unidos chegarem a mais uma COP sem a aprovação de uma lei nacional de mudanças climáticas. A falta de compromisso norte-americano serve de "mau exemplo" para os outros países envolvidos na negociação.
Apesar da expectativa "modesta", Amorim acredita que em Cancún os negociadores internacionais poderão chegar a alguns avanços na regulamentação do mecanismo de Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação (REDD) e no financiamento de ações de mitigação e adaptação.
"Podemos ter pequenos avanços, consolidar outros avanços e evitar retrocessos de compromissos assumidos em Quioto", resumiu.
Amorim disse que o Brasil chegará à COP -16 com "posição moral elevada" por ter liderado, junto a outros países, a única tentativa de acordo formal em Copenhague.
"Não nos escondemos atrás de ninguém. O Brasil concorda com redução de 50% das emissões até 2050, o que vai muito além do que os outros países aceitam", comparou.

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