quarta-feira, 20 de agosto de 2008

O que dizer das águas urbanas?

Participei hoje de um workshop na Prefeitura de BH, que se propunha a pensar o futuro desejado para nossa cidade, a partir das águas urbanas. O objetivo era dividir os participantes em grupos de discussão. Esses grupo deveriam formular propostas que, ao final, tornariam-se uma visão para pensarmos a situação almejada das águas urbanas em 2038.

Nossas discussões partiram dos seguintes questionamentos: Quais são as características de BeloHorizonte em relação às suas águas? Como desejamos que Belo Horizonte seja reconhecida na gestão das águas?

É interessante pensar nas águas urbanas, não como um problema, como reservatórios de poluição, causadoras de inundações e paisagens degradantes. Esses problemas só existem porque não soubemos conciliar, no passado, a convivência harmônica do urbano com os ambientes naturais. As cidades chegaram depois e aqui em Belo Horizonte já existiam os ribeirões Arrudas e Onça, receptores de todas as outras micro-bacias que entrecortam a cidade. Eram águas limpas que corriam nesses leitos, suas margens já foram preservadas, já foi possível nadar, pescar, navegar.

Depois de mal fadadas opções pela canalização de córregos, uma nova tendência se apresenta nas cidades contemporâneas: a renaturalização, através da manutenção ou mesmo o retorno dos córregos urbanos aos seus leitos naturais.

Pensando em tudo isso, como visão de futuro, chegamos ao seguinte consenso: Belo Horizonte: cidade das águas limpas. Com meio natural valorizado, integrado ao urbano, apropriado pela população, onde há convivência harmoniosa com a dinâmica de cheias e secas.

Então, será que alcançamos essa meta até 2038?

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